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Mais de 328 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento serão despejadas no Sul até o final do ano
Sem a coleta e tratamento de esgoto, os riscos à saúde da população e o impacto ao meio ambiente são severos. De acordo com dados do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento Básico (SNIS), ano-base 2022, mais de 15 milhões de pessoas no Sul não têm acesso à coleta de esgoto, e apenas 48,0% do esgoto gerado é tratado. Isso equivale ao despejo diário de 897 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento diretamente na natureza.
Em 2024, considerando os 366 dias do ano, serão mais de 328 mil (328.302) piscinas olímpicas de esgoto despejadas nos corpos hídricos da região.
Tabela 1 - Piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento despejadas diariamente nos estados da Região Sul
Fonte: SNIS 2022/Instituto Trata Brasil
Entre os estados sulistas, o Rio Grande do Sul apresenta os piores índices, com quase 450 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento lançadas diariamente no meio ambiente. Santa Catarina vem em seguida, com 295 piscinas despejadas, enquanto o Paraná apresenta o menor índice.
A precariedade desses serviços básicos resulta em hospitalizações e óbitos por doenças associadas à falta de saneamento como diarreia, febre amarela, dengue, leptospirose, malária e esquistossomose De acordo com dados do DATASUS 2022, presentes no Painel Saneamento Brasil, mais de 23 mil pessoas foram internadas no Sul por essas enfermidades, resultando em 350 óbitos.
Além disso, o despejo irregular de esgoto compromete o meio ambiente, contaminando rios, mares e lagos, afetando a fauna aquática, desestabilizando ecossistemas e prejudicando o abastecimento de água de comunidades que dependem dessas fontes naturais.
Para reverter esse cenário, é fundamental priorizar o saneamento básico como uma política pública no Sul. Isso requer maiores investimentos e um planejamento estratégico para ampliar a coleta e tratamento de esgoto. A universalização do saneamento trará benefícios incontáveis, como melhorias na saúde, maior qualidade de vida, preservação ambiental e impulsionamento da economia local, com destaque para o turismo e a criação de empregos.
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