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Dispositivos eletrônicos influenciam risco de câncer de pulmão

 

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Há indicativos de concentrações suficientes de substâncias para causar

danos inflamatórios às vias aéreas e ao epitélio pulmonar

ga 

O tabagismo é um dos mais importantes problemas mundiais de saúde pública. Cerca de 5 milhões de mortes ao ano são atribuídas a doenças provocadas pelo tabaco, dentre elas câncer, além de problemas cardiovasculares e respiratórios, conforme dados da Sociedade Americana do Câncer. A Dra. Ana Galdino Franzoni, oncologista responsável técnica da Oncoclínicas na Grande Florianópolis, relata que o tabagismo aumenta em 20 vezes o risco de morte por câncer de pulmão e também está associado ao desenvolvimento de neoplasias de cavidade oral, seios paranasais, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, cérvice uterina, rim, cólon, reto, bexiga e leucemia em adultos.

 

Este cenário ganhou novos fatores de risco com o aumento do consumo de cigarros e dispositivos vape. "Os produtos mais recentes e controversos que potencialmente influenciam o risco de câncer de pulmão são os sistemas eletrônicos de administração de nicotina", afirma a oncologista. Eles são comercializados como sendo uma alternativa mais segura, e sem outras exposições combustíveis inerentes à fumaça do tabaco. "No entanto, o cigarro eletrônico permite que o líquido seja aquecido para criar um aerossol contendo nicotina e substâncias como aromatizantes, propilenoglicol, glicerina vegetal e outros ingredientes que o usuário inala", alerta. A comercialização destes produtos é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009.

 

A oncologista explica que embora os componentes do vapor do cigarro eletrônico sejam diferentes daqueles dos cigarros de tabaco tradicionais, os dados disponíveis sugerem que o formaldeído, o acetaldeído e as espécies reativas de oxigênio estão presentes em concentrações suficientes para causar danos inflamatórios às vias aéreas e ao epitélio pulmonar. Os aerossóis para cigarros eletrônicos também podem conter hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, nitrosaminas e metais vestigiais, podendo contribuir para a tumorigênese. "Atualmente não estão disponíveis evidências conclusivas sobre a segurança dos cigarros eletrônicos em geral ou em comparação com o tabagismo".

 

Prevenção

 

A oncologista destaca que todos os métodos de prevenção que auxiliam na redução do risco de desenvolvimento de câncer de pulmão devem ser fortemente incentivados. São ações que visam evitar o aparecimento da doença. Entre elas estão a cessação de tabagismo, aumento do consumo de fibras e de água, redução do consumo de açúcares e gorduras, perda de peso e aumento da atividade física.

 

A prevenção secundária inclui medidas para detecção precoce em pacientes ainda assintomáticos a fim de impedir a progressão da neoplasia e reduzir índices de morbidade e mortalidade. É indicada a realização de tomografias de tórax de baixa dosagem a partir dos 50 anos em pacientes tabagistas ativos ou ex-tabagistas, que suspenderam o hábito em até 15 anos atrás, e com carga tabágica de 20 maços-ano ou mais. 

 

Riscos

 

Os riscos provocados pelo tabagismo se iniciam logo após a primeira exposição, mas se acentuam de acordo com a quantidade de cigarros fumados e o tempo decorrido do hábito. O cálculo é realizado pela multiplicação do número de maços (1 maço = 20 cigarros) fumados por dia pelo número de anos de tabagismo. A Dra. Ana exemplifica: uma pessoa que fuma 40 cigarros por dia (2 maços) pelo período de 30 anos possui uma carga tabágica de 60 maços-ano (2 x 30).

 

A cessação do tabagismo promove redução no índice de óbitos por doenças relacionadas ao cigarro e na mortalidade de um modo geral. Após 15 a 20 anos de abstinência, o risco de desenvolver câncer de pulmão torna-se semelhante ao dos indivíduos que nunca fumaram. "Por isso, cessar o tabagismo deve ser fortemente incentivado e combinado a medidas comportamentais e farmacológicas necessárias para que essa decisão seja bem-sucedida", finaliza.

 

Sobre a Oncoclínicas&Co

A Oncoclínicas&Co. - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 143 unidades em 38 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

 

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.

Para mais informações, acesse http://www.grupooncoclinicas.com




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