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Sintomas e autoexame ajudam a identificar tumores de cabeça e pescoço

 

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Os cânceres de cabeça e pescoço geralmente são restritos à sua região de origem, podendo ou não afetar os linfonodos cervicais. Além disso, no diagnóstico inicial, raramente apresentam metástases à distância para outros órgãos e menos de 10% dos casos têm maior abrangência. A médica oncologista Dra. Ana Claudia da Silva Galdino Franzoni, da Oncoclínicas na Grande Florianópolis, explica que os tumores de nasofaringe são os que possuem maior risco de disseminação linfonodal e à distância devido à vasta rede linfática nesse local.

 

Assim como outros tipos de câncer, o diagnóstico precoce é um aliado importante e, nesse processo, o autoexame pode contribuir para identificar a doença. A oncologista informa que as principais dicas de autoexame para os tumores de cabeça e pescoço consistem em uma avaliação da saúde da cavidade oral à procura de lesões que doem, sangram e não cicatrizam. Também é importante ficar atento à descoberta de nódulos na região do pescoço, especialmente logo abaixo da mandíbula, principalmente se forem nodulações endurecidas e com bastante aderência.

 

O diagnóstico é feito através de biópsia da nodulação cervical endurecida, geralmente guiada por um exame de imagem como o ultrassom. Pode, ainda, ser feito através de biópsia da lesão pelo cirurgião de cabeça e pescoço ou otorrinolaringologista com ajuda de exame de nasoscopia ou nasofaringolaringoscopia. Dependendo de cada caso, o tratamento pode envolver desde cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia, de forma isolada ou combinada. A boa notícia é que mais de 90% dos pacientes são absolutamente curados quando diagnosticados em fases iniciais da doença.

 

Para prevenir o câncer de cabeça e pescoço é fundamental suspender o tabagismo e o etilismo (consumo de bebidas alcoólicas), vacinar contra HPV - disponível na rede pública para meninas e meninos entre 9 e 14 anos de idade.  Além disso, alguns estudos sugerem que tratar a doença do refluxo gastroesofágico e favorecer o consumo de vitamina A e derivados (como os carotenóides) podem estar associados a menores taxas da doença.

 

As principais causas e fatores de risco são:

 

- Tabagismo: tabaco branco; tabaco preto seco ao ar livre – charuto e cachimbo – inclusive são até de maior risco quando comparado ao tabaco branco; maconha;

- Ato de mascar tabaco: mais frequente na Índia e em outras regiões da Ásia;

- Etilismo: é dose dependente, ou seja, não importa a quantidade de doses nem a fase de início, pois representa risco elevado;

- Má higiene oral;

- Exposição a poluentes ocupacionais: exposição a refinamento de níquel, fibra têxtil, tingimento de couro, carpinteiro, gás mostarda, cromo, radium, chuva ácida e asbesto;

- Imunossupressão como infecção pelo HIV ou pacientes transplantados, infecções pelo vírus HPV 16 e 18 e pelo vírus EBV (Epstein-Barr - herpes-vírus humano tipo 4 - é o vírus causador da mononucleose, doença transmitida pela saliva).

 

Os diferentes tumores

 

- Tumores de seios paranasais e cavidade nasal: desenvolvem-se em cavidades e surgem com sintomas obstrutivos como obstrução nasal e sinusite. Podem apresentar um diagnóstico mais tardio, pois costumam ser tratados como doenças benignas até que evoluem para zumbidos e sangramento nasal, perda do olfato e otite de repetição;

- Tumores de nasofaringe: frequentemente são assintomáticos nas suas fases iniciais. No entanto, como o principal local de acometimento é próximo à tuba de Eustáquio, os pacientes podem ter sintomas de plenitude auricular, otalgia e otite unilateral. Nos tumores mais anteriores, também há sinais de obstrução nasal e sangramento nasal. Em estágio mais avançado, podem comprimir ramos dos pares cranianos e, eventualmente, provocar visão dupla. Nos tumores mais posteriores pode ocorrer disseminação para linfonodos cervicais de alto volume;

- Tumores de cavidade oral: o lábio é o local mais comum, com úlceras de difícil cicatrização. O segundo local mais frequente é a língua, principalmente nas suas bordas laterais, manifestando-se com lesões esbranquiçadas ou avermelhadas que sangram, doem e eventualmente até dificultam a fala;

- Tumores de orofaringe associados à infecção pelo HPV: disseminam-se rapidamente para os linfonodos cervicais e com grandes massas cervicais. Já os tumores de orofaringe não relacionados à infecção pelo HPV se manifestam com dor de garganta, dificuldade e dor para engolir, em fases mais avançadas podem apresentar "voz em batata quente" ou rouquidão;

- Tumores de hipofaringe e laringe supraglótica: são pouco sintomáticos e, geralmente, só há sintomas em fases mais avançadas quando comprimem estruturas adjacentes, com dor/dificuldade para engolir associado a episódios de aspirações;

- Tumores glóticos: ocorrem exatamente nas cordas vocais com alertas nas suas fases bem iniciais, como rouquidão e/ou alteração no timbre da voz.

 

 

Sobre a Oncoclínicas SC

Em Santa Catarina, o Grupo Oncoclínicas e a Unimed Grande Florianópolis (UGF) atuam em parceria através de um centro voltado ao tratamento integrado do câncer. Localizada no Centro da Capital, a estrutura de 700 m² oferece atendimento clínico e ambulatorial em oncologia, hematologia, oncogenética, psicologia, nutrição e cuidados continuados. O espaço reúne cinco consultórios clínicos multidisciplinares, sala de emergência, farmácia e enfermagem clínica, além de salas individuais de infusão, tendo capacidade de realizar mais de 800 atendimentos por mês.

 

Sobre o Grupo Oncoclínicas

A Oncoclínicas - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.600 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 133 unidades em 35 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

 

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos no acesso ao tratamento oncológico, realizando mais de 500 mil procedimentos no último ano (2022). É parceira exclusiva na América Latina do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MEDSIR, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.

 

Para obter mais informações, visite http://www.grupooncoclinicas.com

 




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