Falamos muito de generosidade, de ecofriendly, de legado, de coletivo, de sustentabilidade, de permeabilidade do solo, de valorização e preservação da paisagem.
Quando nos debrucamos na folha em branco com o levantamento de um terreno, as tentações são muitas, e não dá pra acender vela pra tudo que é santo.
Temos que acreditar que ocupar menos da paisagem , além de apropriado, é um bom negócio. Aí, legado, mensagem, significado, valor, sustentabilidade, não é para inglês ver.
E esta área é um altar, um templo. Mostrar, sugerir, induzir como gostaríamos que fossem ocupados locais como este foi a intenção desta intervenção, desta amostra, desta provocação.
Materiais naturais e implantação estudada, discretamente e dialogando com o entorno silvestre. Um facilitador para percebermos o ambiente, para nos conectarmos, para isto serve a palavra tão batida e gasta CONCEITO. Esta palavra é o tema, o roteiro do filme que assistiremos. Este diálogo não implica em submissão, nossas intervenções podem ter personalidade, caráter, força, carregarem uma potência própria da ARTE. E aí o encaixe, a discrecao, a generosidade e a amigabilidade , quando irrompem, quando são descobertas numa clareira ou curva do caminho, tem sua mensagem amplificada. A Paisagem é a protagonista, não nos diminuímos ao reconhecer isto.
Imagens da Pracinha das Aracuãs, um ambiente de estar ao AR LIVRE no Condomínio Vila das Aracuãs, situado na Praia do Silveira, Garopaba.
Texto Kiko Simch - Engenheiro Agronomo Paisagista @kikosimch
Fotos - @kikosimch