Desenvolver uma plataforma padrão de Veículo Elétrico, denominada por “chassi elétrico” ou "skate elétrico", que seja base para qualquer veículo elétrico com quatro rodas. Essa é a finalidade de um projeto de autoria do professor do Câmpus Florianópolis, Adriano Bresolin, aprovado no edital Programa de Apoio a Implantação de Living Labs para o Estímulo à Inovação em Mobilidade Elétrica e Cidades Inteligentes da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). O projeto EV-IFSC III (Electric Vehicle of IFSC): Plataforma de desenvolvimento de veículos elétricos receberá R$ 50 mil reais para sua execução. “Sem esse fomento não há possibilidade de se fazer pesquisa e desenvolvimento sem esses investimentos. Com certeza é fundamental o investimento que a Fapesc vem fazendo em mobilidade elétrica, que salvo engano é uma das poucas iniciativas em todo o Brasil”, enfatiza Adriano.
“Apesar do EV-IFSC III ser uma continuação do projeto do carro elétrico do IFSC ele será uma plataforma completamente nova, composta por chassi em alumínio, motorização elétrica com dois motores (powertrain), suspensão dianteira e traseira, sistema de freios, baterias de Íon Lítio, de última geração - Ferro Fosfato - e sistema de controle do veículo. Esse projeto é de construção de veículos elétricos mesmo. É uma plataforma voltada diretamente para o elétrico. Então, muda tudo”, explica Bresolin, fazendo referência ao ConverTE, outro projeto de autoria dele. Ele argumenta ainda que o fato do veículo ser em alumínio o torna mais leve, o que interfere diretamente na sua autonomia. “O peso é fundamental no carro elétrico. Quanto menos peso, mais autonomia você consegue. Então o EV-IFSC III vai colocar o projeto do veículo elétrico do IFSC dentro daquilo que é feito internacionalmente. Esse é o grande diferencial e por isso que esse fomento da Fapesc é muito importante”, coloca o coordenador do projeto, que completa: "esse “skate ou chassi elétrico” provavelmente será o primeiro em nível nacional construído totalmente no Brasil".
A iniciativa tem objetivos específicos nas áreas de pesquisa, ensino e extensão, tendo como meta principal desenvolver uma plataforma padrão para veículos elétricos sendo que alguns destes itens já foram desenvolvidos em projetos anteriores do EV-IFSC (fases I e II). A plataforma a ser desenvolvida no projeto deve ter caraterísticas que permitam a replicamento da mesma, buscando, além de ser uma plataforma móvel de ensino e pesquisa, servir também para disseminar a cultura da mobilidade elétrica através de atividades de extensão. “É importante salientar que a base do projeto está vinculada a busca do desenvolvimento profissional e científico do aluno através de atividades práticas extraclasse, visando a formação de um profissional multidisciplinar com habilidades em diversas áreas de conhecimento e não somente em sua formação principal…….para além da educação, a mobilidade elétrica abrange as mais diversas áreas da tecnologia, desde automobilística, eletrônica, automação, mecânica, segurança veicular, etc., e consequentemente atinge diretamente as áreas sociais tais como a mobilidade urbana, saúde, economia, meio ambiente e ecologia”, destaca o autor do projeto.
Segundo ele, a plataforma poderá ser replicada para servir de laboratório de treinamento tanto para escolas técnicas, cursos de mobilidade elétrica e também para empresas da área de mobilidade, incluindo oficinas mecânicas, concessionárias de automóveis etc. “Os potenciais impactos deste projeto são inúmeros, pois a possibilidade de replicação da plataforma torna o projeto escalável em nível industrial, tendo, portanto, um forte potencial de se tornar um produto industrial. Além disso, a plataforma pode se tornar um forte elemento de formação de mão de obra, contribuindo para disseminação da mobilidade elétrica pelo estado e em todo o País, colocando Santa Catarina como protagonista na área de mobilidade urbana, tanto no ensino, pesquisa, extensão, treinamento e desenvolvimento. Por fim, a plataforma também pode ser utilizada para se tornar base de desenvolvimento de veículos elétricos comerciais, abrindo assim perspectivas para formação de novas startups na área de mobilidade elétrica e provavelmente de novas empresas na área automobilística”, coloca o professor.
Bresolin ressalta ainda que o projeto de uma plataforma de veículo elétrico pode contribuir também para ações na área de saúde e ambiental além da econômica: “desde o início do século XXI as questões climáticas mundiais e o conceito de sustentabilidade tornaram inevitável a formulação de novas políticas públicas para o meio ambiente”.
Dentre os próximos passos do projeto estão o desenvolvimento da carroceria para 2023, com a possibilidade de seleção em outro edital de fomento à pesquisa.
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Assessoria de Comunicação e Marketing
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